Por: Thiago Cardoso
Nada muda se você não muda
Não seja a pessoa muda
Muda a postura, inicie a ação
Saia da velha postura
Postura velha, hora tão estática
Elimine, ilumine, levante-se
Movimente-se, alimente-se
Fortaleça seus anseios
Lute por suas causas
Aja em prol do todo
Deixe de ser o sujeito tolo
Por todos e pra todos
Todos os dias, todas as horas
Sem demoras
Aos senhores e às senhoras
Vamos, acorda
Não amanhã, mas hoje
Já, agora, sem demora
Desligue a TV, deixe de assistir
Passe a agir, interagir
Seja ativo, protagonista, roteirista
Escreva os capítulos
Invente e inverta a história
Crie para si, pra mim
Crie para o outro, crie para nós
Não estamos sós
Muda pra tudo mudar
"Muda pra ver tudo mudar" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Em suma
Por: Thiago Cardoso
*São partes de um quebra cabeça escondido em minha mente
Grande dúvida e planos insanos brotam neste momento
Às vezes gostaria de não ter chegado a me conhecer
Novamente a questão em minha frente
O que é abstrato e o que é real?
O abstrato é o que é em sua realidade
ou será o real o que há de mais abstrato?
Pensamentos e planos em certos contextos
fazem meus eus se digladiarem
me apoiando, me odiando ou mesmo deserdando
Novo pensamento: ruptura
Talvez melhor seria romper comigo mesmo
ou se não comigo, com alguns dos meus eus
habitantes em algum dos meus mundos
Pensamentos e planos virais tomam conta
causando reação imediata no sistema
o sistema imunológico das minhas identidades
Nada de mais. Prefiro acreditar nisso
Apenas um corpo estranho fazendo nova morada
Um elemento viral fez a intrusão
mas não pode ser mal
apenas um corpo estranho fazendo nova morada
Passageiro ou não... sentarei pra assistir
enquanto entro em ação contra mim e por mim
longe de mim e sempre ao meu lado
E assim se resume
apenas um corpo estranho fazendo nova morada
silêncio...
...e mais nada
"Em suma" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
*São partes de um quebra cabeça escondido em minha mente
Grande dúvida e planos insanos brotam neste momento
Às vezes gostaria de não ter chegado a me conhecer
Novamente a questão em minha frente
O que é abstrato e o que é real?
O abstrato é o que é em sua realidade
ou será o real o que há de mais abstrato?
Pensamentos e planos em certos contextos
fazem meus eus se digladiarem
me apoiando, me odiando ou mesmo deserdando
Novo pensamento: ruptura
Talvez melhor seria romper comigo mesmo
ou se não comigo, com alguns dos meus eus
habitantes em algum dos meus mundos
Pensamentos e planos virais tomam conta
causando reação imediata no sistema
o sistema imunológico das minhas identidades
Nada de mais. Prefiro acreditar nisso
Apenas um corpo estranho fazendo nova morada
Um elemento viral fez a intrusão
mas não pode ser mal
apenas um corpo estranho fazendo nova morada
Passageiro ou não... sentarei pra assistir
enquanto entro em ação contra mim e por mim
longe de mim e sempre ao meu lado
E assim se resume
apenas um corpo estranho fazendo nova morada
silêncio...
...e mais nada
"Em suma" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Invenção da vida
Por: Thiago Cardoso
Vida passageira, nos espanta a cada dia
cada dia é mais curta,cada hora menos dia
cada dia menos tempo, cada dia mais tempo
Menos tempo pra viver e mais tempo dando vida
Há na vida doação do que já não é mais vida
O vender de nosso tempo,
aquele tempo que não temos
aquele tempo que passou
torna amargo o sabor da mera vida
que já não pode ser vivida
Alto la!
a vida é minha, a vida é sua, é nossa.
A vida pode ser inventada, ela é inventada.
Fui inventado por alguém
Se não por mim, foi por outrém
e você? você também
Quem te inventou, quem me inventou?
Já não importa
Vou abrir minha porta e reinvantar!
me levantar e inverter
Inventar a minha vida e reviver
minha invenção, infecção
vírus que se espalha e ataca
prossegue infectando
e a todos atacando
infecção de alegria
Sem pudor vou inventar, vou viver e contagiar
"Invenção da vida" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Vida passageira, nos espanta a cada dia
cada dia é mais curta,cada hora menos dia
cada dia menos tempo, cada dia mais tempo
Menos tempo pra viver e mais tempo dando vida
Há na vida doação do que já não é mais vida
O vender de nosso tempo,
aquele tempo que não temos
aquele tempo que passou
torna amargo o sabor da mera vida
que já não pode ser vivida
Alto la!
a vida é minha, a vida é sua, é nossa.
A vida pode ser inventada, ela é inventada.
Fui inventado por alguém
Se não por mim, foi por outrém
e você? você também
Quem te inventou, quem me inventou?
Já não importa
Vou abrir minha porta e reinvantar!
me levantar e inverter
Inventar a minha vida e reviver
minha invenção, infecção
vírus que se espalha e ataca
prossegue infectando
e a todos atacando
infecção de alegria
Sem pudor vou inventar, vou viver e contagiar
"Invenção da vida" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Herói brasleiro
Por: Thiago Cardoso
*Inspirado naquilo que vejo todos os dias. Aqueles a quem nossos governos fecham os olhos e as portas
Meu herói não tem poderes
Nunca foi forte
Tampouco encanta a alguém
Voar? Mal consegue andar
Sua força vem da garra
sua labuta é diária
sobre os ombros leva o mundo
um mundo de sujeira
um mundo que o exclui
seu estado fica à margem da cidade
um sujeito mal cuidado
maltrapilho, deformado
formado pelo estado
que estado!
seu sustento vem da dor
vem da lágrima, do suor
seu labor não representa quase nada
recebe 5 centos e não pode dizer nada
Dia e noite, a vida é luta
não se retira da labuta
tão sofrida é sua vida
espancada, excluída, abandonada
e ainda assim...
este herói, encontra tempo pra sorrir
"Herói brasileiro" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
*Inspirado naquilo que vejo todos os dias. Aqueles a quem nossos governos fecham os olhos e as portas
Meu herói não tem poderes
Nunca foi forte
Tampouco encanta a alguém
Voar? Mal consegue andar
Sua força vem da garra
sua labuta é diária
sobre os ombros leva o mundo
um mundo de sujeira
um mundo que o exclui
seu estado fica à margem da cidade
um sujeito mal cuidado
maltrapilho, deformado
formado pelo estado
que estado!
seu sustento vem da dor
vem da lágrima, do suor
seu labor não representa quase nada
recebe 5 centos e não pode dizer nada
Dia e noite, a vida é luta
não se retira da labuta
tão sofrida é sua vida
espancada, excluída, abandonada
e ainda assim...
este herói, encontra tempo pra sorrir
"Herói brasileiro" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Essência vital
por: Thiago Cardoso
O núcleo, a base,o tronco de onde partem
todas as ramificações do meu viver,
a essência.
Meu rastro infinito
que rabisca no tempo e na terra,
aquilo que eu sou.
O mundo em constante mudança,
tenta engavetá-la, enfraquece-la e até comprá-la.
E quantos não vendem a sua essência,
fazendo do seu núcleo atômico
o dinheiro, a fama, o poder...?
Falo como alguém que já teve sua essência enfraquecida,
alguém que já permitiu que outros guiassem sua vida
e lhe ditassem o que deveria ser "essência".
Mas um dia, engavetada, trancafiada, porém ainda poderosa,
minha essência, a real essência,
gritou aos sete mares.
Explodiu com um vigor nunca antes alcançado.
Nunca mais deixei de ser eu
Nunca mais deixei de correr pelos MEUS caminhos.
Nunca mais deixei minha essência
Minha REAL essência
"Essência vital" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
O núcleo, a base,o tronco de onde partem
todas as ramificações do meu viver,
a essência.
Meu rastro infinito
que rabisca no tempo e na terra,
aquilo que eu sou.
O mundo em constante mudança,
tenta engavetá-la, enfraquece-la e até comprá-la.
E quantos não vendem a sua essência,
fazendo do seu núcleo atômico
o dinheiro, a fama, o poder...?
Falo como alguém que já teve sua essência enfraquecida,
alguém que já permitiu que outros guiassem sua vida
e lhe ditassem o que deveria ser "essência".
Mas um dia, engavetada, trancafiada, porém ainda poderosa,
minha essência, a real essência,
gritou aos sete mares.
Explodiu com um vigor nunca antes alcançado.
Nunca mais deixei de ser eu
Nunca mais deixei de correr pelos MEUS caminhos.
Nunca mais deixei minha essência
Minha REAL essência
"Essência vital" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Múltiplos
Por: Thiago Cardoso
Não compartilho dessa idéia
Não me convence essa crença
Apenas um?
Como assim?
Ora, não me venha com essa!
Apenas uma cor
somente um sabor
uma única profissão
Uma única emoção
Um único amor
A vida me mostra vários caminhos
inúmeros prazeres
infinitos afazeres
incontáveis possibilidades
Gosto de todos!
Quero todas as cores
Vou provar de todos os sabores
encontrar meus amores
Hoje caminho por aqui
amanhã sento-me a colá
Hoje eu quero o azul
amanhã me agrada o vermelho
Mas outrora o favorito
era o roxo em meu peito
Tudo quanto posso,
Todos onde passo
Tudo o que eu faço
Todos os que busco
Busco múltiplos caminhos
Multiplico minhas metas
minhas dúvidas, dívidas
dádivas, devaneios
Sem limites multiplico
o viver de cada dia
a cada dia, alegria
"Múltiplos" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Não compartilho dessa idéia
Não me convence essa crença
Apenas um?
Como assim?
Ora, não me venha com essa!
Apenas uma cor
somente um sabor
uma única profissão
Uma única emoção
Um único amor
A vida me mostra vários caminhos
inúmeros prazeres
infinitos afazeres
incontáveis possibilidades
Gosto de todos!
Quero todas as cores
Vou provar de todos os sabores
encontrar meus amores
Hoje caminho por aqui
amanhã sento-me a colá
Hoje eu quero o azul
amanhã me agrada o vermelho
Mas outrora o favorito
era o roxo em meu peito
Tudo quanto posso,
Todos onde passo
Tudo o que eu faço
Todos os que busco
Busco múltiplos caminhos
Multiplico minhas metas
minhas dúvidas, dívidas
dádivas, devaneios
Sem limites multiplico
o viver de cada dia
a cada dia, alegria
"Múltiplos" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Voz de mel
Por: Thiago Cardoso
Doce som da voz dita tão longe
se irrompe em meio ao silêncio vazio
elimina a escuridão, traz a mim meu quinhão
junto à luz que emana da presença perfeita
A proximidade contradiz a distância
os conceitos são quebrados
e o longe se reduz ao pé do ouvido
a centímetros sussurrados em mel
O completo exílio de outrora, vai-se embora
Deixa seu habitat, entrega-se à luz
dando vez ao conjunto perfeito das peças
que se encontram, se harmonizam, se encantam
Linha tênue se encarrega
mostra o caminho
Os carrega com ternura
Entre etéreos tons do céu
há o som que vem de mel
"Voz de mel" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Doce som da voz dita tão longe
se irrompe em meio ao silêncio vazio
elimina a escuridão, traz a mim meu quinhão
junto à luz que emana da presença perfeita
A proximidade contradiz a distância
os conceitos são quebrados
e o longe se reduz ao pé do ouvido
a centímetros sussurrados em mel
O completo exílio de outrora, vai-se embora
Deixa seu habitat, entrega-se à luz
dando vez ao conjunto perfeito das peças
que se encontram, se harmonizam, se encantam
Linha tênue se encarrega
mostra o caminho
Os carrega com ternura
Entre etéreos tons do céu
há o som que vem de mel
"Voz de mel" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Influências
Por: Thiago Cardoso
Senti um aroma e a brisa no rosto
Inspiração?
Inspirei e caminhei
Que caminho irei tomar?
Tomei uma rota psicodélica
rumo a um canto qualquer
numa busca por respostas,
às perguntas que eram só minhas
A esta altura, minha loucura
viajava em meus próprios devaneios
devaneios tão singelos
em nada tão perfeitos
quanto os graciosos pricillianos
Deparei-me então
com um certo apanhador de letras
dedilhando suas notas, expirando melodias
este, indicou-me com uma bela canção
o caminho para chegar
ao meu teatro de todo dia
Já era hora, já era dia
Minhas quimeras, minhas thimeras
meus anseios, meu caminho
caminho contra o vento
ouço o som e deixo me levar
levo junto em meu peito,
as belezas que encontro
em cada olhar
olho em volta e vejo amigos
trazendo-me a paz
Longe ou perto, não importa
complementos que me ensinam
a arte do viver,
os passos do caminhar
e a beleza de amar
"Influências" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Senti um aroma e a brisa no rosto
Inspiração?
Inspirei e caminhei
Que caminho irei tomar?
Tomei uma rota psicodélica
rumo a um canto qualquer
numa busca por respostas,
às perguntas que eram só minhas
A esta altura, minha loucura
viajava em meus próprios devaneios
devaneios tão singelos
em nada tão perfeitos
quanto os graciosos pricillianos
Deparei-me então
com um certo apanhador de letras
dedilhando suas notas, expirando melodias
este, indicou-me com uma bela canção
o caminho para chegar
ao meu teatro de todo dia
Já era hora, já era dia
Minhas quimeras, minhas thimeras
meus anseios, meu caminho
caminho contra o vento
ouço o som e deixo me levar
levo junto em meu peito,
as belezas que encontro
em cada olhar
olho em volta e vejo amigos
trazendo-me a paz
Longe ou perto, não importa
complementos que me ensinam
a arte do viver,
os passos do caminhar
e a beleza de amar
"Influências" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Impossível
Por: Thiago Cardoso
Quando me veio o impossível,
tratei de impossibilitar tudo mais
que parecesse possível
Talvez um dia, eu reabilite
as possibilidades outrora ignoradas
Talvez as ignore a cada dia,
enquanto houver dia
Pois, afinal...
tudo é possível,
assim como o impossível
Impossível é saber
mas possível é sonhar
sonho o impossível,
mas não tenho o que é possível
Eu almejo o impossível
A cada manhã, uma nova oportunidade
Tornar a ver, rever, admirar
tudo o que é mais belo,
mais lindo, mais puro
Um olhar no espelho revela
aquilo que é infinitamente...
impossível
"Impossível" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Quando me veio o impossível,
tratei de impossibilitar tudo mais
que parecesse possível
Talvez um dia, eu reabilite
as possibilidades outrora ignoradas
Talvez as ignore a cada dia,
enquanto houver dia
Pois, afinal...
tudo é possível,
assim como o impossível
Impossível é saber
mas possível é sonhar
sonho o impossível,
mas não tenho o que é possível
Eu almejo o impossível
A cada manhã, uma nova oportunidade
Tornar a ver, rever, admirar
tudo o que é mais belo,
mais lindo, mais puro
Um olhar no espelho revela
aquilo que é infinitamente...
impossível
"Impossível" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Viagem abstrata
Por: Thiago Cardoso
O verde se confunde nos rabiscos transparentes
Formas abstratas, codificações, inspirações
mensagens de alguém que tem no abstrato,
a expressão que o faz real
Real? O que é real?
Quem é real?
Você é real?
Eu sou real?
Somos tão abstratos
quanto os rabiscos que aqui vejo
Cada ser em minha frente
se comporta em sua arte
Tal qual obra de um artista
que esconde no pincel,
seus intentos, suas fúrias,
seus amores, seus sabores
Seu concreto se mistura
se confunde e se perde
no abstrato que nos mostra
Entre listras, vejo dúvidas
curiosidade?
preocupação, talvez
Há um bloqueio circular
que escondem certos traços
O amarelo é inquieto; distante
Mexe-se involuntariamente
em busca de um conforto
Grandes círculos movem-se
apontam o horizonte, apontam minha face
Vai ao longe e se aproxima
Num segundo, lá e n'outro, cá
Um branco mais sutil
sobrepõe o velho verde
encobre os blocos cinzas
toma frente e se exibe
Descompromissado,
apenas pinta suaves linhas
não há objetivos
nem contornos aparentes
O fundo então, já é marrom
na intensidade e com tamanha velocidade
fica escuro, até que some junto ao som
Ainda restam umas cores e uns rabiscos
os traços mais diversos
verdadeiras obras, a mim desconhecidas
Obras abstratas que se perdem no concreto
O concreto que não há
pois se perde no que vejo
pois se perde no abstrato
"Viagem abstrata" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
O verde se confunde nos rabiscos transparentes
Formas abstratas, codificações, inspirações
mensagens de alguém que tem no abstrato,
a expressão que o faz real
Real? O que é real?
Quem é real?
Você é real?
Eu sou real?
Somos tão abstratos
quanto os rabiscos que aqui vejo
Cada ser em minha frente
se comporta em sua arte
Tal qual obra de um artista
que esconde no pincel,
seus intentos, suas fúrias,
seus amores, seus sabores
Seu concreto se mistura
se confunde e se perde
no abstrato que nos mostra
Entre listras, vejo dúvidas
curiosidade?
preocupação, talvez
Há um bloqueio circular
que escondem certos traços
O amarelo é inquieto; distante
Mexe-se involuntariamente
em busca de um conforto
Grandes círculos movem-se
apontam o horizonte, apontam minha face
Vai ao longe e se aproxima
Num segundo, lá e n'outro, cá
Um branco mais sutil
sobrepõe o velho verde
encobre os blocos cinzas
toma frente e se exibe
Descompromissado,
apenas pinta suaves linhas
não há objetivos
nem contornos aparentes
O fundo então, já é marrom
na intensidade e com tamanha velocidade
fica escuro, até que some junto ao som
Ainda restam umas cores e uns rabiscos
os traços mais diversos
verdadeiras obras, a mim desconhecidas
Obras abstratas que se perdem no concreto
O concreto que não há
pois se perde no que vejo
pois se perde no abstrato
"Viagem abstrata" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Rosa dos ventos
Por: Thiago Cardoso
No deserto entre as dunas
ouço o vento e nada mais
O vazio me sorri
Somos nós, o vento e ninguém mais
O vento para!
Procuro em cada canto
e o vazio em toda parte
Nem a rosa que é dos ventos
é capaz de me ajudar
Ouço apenas nas memórias
assovios, belos cantos
anunciados pelo vento,
em seus encantos
O vazio a mim volta
me informa que o vento
pelos mares foi cantar
Entre as ondas mergulhou
no azul foi se atirar
Vai ao Norte, sopra ao Sul
Corre Lestes e oestes
faz seu canto encantar
Sob os céus e sobre as águas
leva ao mundo seu soprar
E se um dia se lembrar
ainda tenho aqui comigo
uma rosa que é dos ventos
e guardei pra te entregar
"Rosa dos ventos" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
No deserto entre as dunas
ouço o vento e nada mais
O vazio me sorri
Somos nós, o vento e ninguém mais
O vento para!
Procuro em cada canto
e o vazio em toda parte
Nem a rosa que é dos ventos
é capaz de me ajudar
Ouço apenas nas memórias
assovios, belos cantos
anunciados pelo vento,
em seus encantos
O vazio a mim volta
me informa que o vento
pelos mares foi cantar
Entre as ondas mergulhou
no azul foi se atirar
Vai ao Norte, sopra ao Sul
Corre Lestes e oestes
faz seu canto encantar
Sob os céus e sobre as águas
leva ao mundo seu soprar
E se um dia se lembrar
ainda tenho aqui comigo
uma rosa que é dos ventos
e guardei pra te entregar
"Rosa dos ventos" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Sempre em frente
Por: Thiago Cardoso
Torne-se as impossibilidades possíveis a nós
Que se mensure o imensurável
Tangibilize-se o intangível
Numa frente conjunta,
busquemos nós
os anseios, as virtudes
construindo atitudes
de mãos dadas, nunca sós
Ouçamos a voz,
o clamor emergente,
surgindo do peito
Peita velhas barreiras
constrói novas pontes
produz suas fontes
e amplia teus horizontes
Diversidades se completem
individualidades se unam em uníssono
provoca o canto da harmonia
As cores do arco-íris
sejam todas respeitadas
Preservadas, inseridas
e também apreciadas
segundo sua beleza
Belas artes se apresentem
no presente e sempre em frente
Tome frente e enfrente
faz da vida teu presente
"Sempre em frente" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Torne-se as impossibilidades possíveis a nós
Que se mensure o imensurável
Tangibilize-se o intangível
Numa frente conjunta,
busquemos nós
os anseios, as virtudes
construindo atitudes
de mãos dadas, nunca sós
Ouçamos a voz,
o clamor emergente,
surgindo do peito
Peita velhas barreiras
constrói novas pontes
produz suas fontes
e amplia teus horizontes
Diversidades se completem
individualidades se unam em uníssono
provoca o canto da harmonia
As cores do arco-íris
sejam todas respeitadas
Preservadas, inseridas
e também apreciadas
segundo sua beleza
Belas artes se apresentem
no presente e sempre em frente
Tome frente e enfrente
faz da vida teu presente
"Sempre em frente" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Barreira "segura"
Por: Thiago Cardoso
Não tenha medo de abrir as asas
Segure minhas mãos e venha, voe
Conheço teu receio do mundo
Sei que a distância é uma forma de manter-se segura
Mas apenas entenda
que a barreira "segura"
não só a distancia daquilo que é ruim
mas também a priva de ver o que há de bom
Deixa eu te mostrar
Não há razão para se preocupar
Segura minhas mãos, feche os olhos
Apenas confie em mim e te mostrarei
Permita-me contigo voar
Veja o mundo não é tão ruim assim
Permita-se ir mais além
Transponha a barreira e conheça a vida enfim
Ao teu lado estarei
não tema em momento algum
vamos pra longe,
vamos correr
caminhar, cantar
rir sem compromisso
Deixemos o tempo passar
Encontre o que há de bom para ver
A vida tem que valer
Só precisamos começar
Eu só quero te mostrar
Não há o que temer
Deixe de lado a barreira
e veja o lado bom do viver
"Barreira "segura"" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Não tenha medo de abrir as asas
Segure minhas mãos e venha, voe
Conheço teu receio do mundo
Sei que a distância é uma forma de manter-se segura
Mas apenas entenda
que a barreira "segura"
não só a distancia daquilo que é ruim
mas também a priva de ver o que há de bom
Deixa eu te mostrar
Não há razão para se preocupar
Segura minhas mãos, feche os olhos
Apenas confie em mim e te mostrarei
Permita-me contigo voar
Veja o mundo não é tão ruim assim
Permita-se ir mais além
Transponha a barreira e conheça a vida enfim
Ao teu lado estarei
não tema em momento algum
vamos pra longe,
vamos correr
caminhar, cantar
rir sem compromisso
Deixemos o tempo passar
Encontre o que há de bom para ver
A vida tem que valer
Só precisamos começar
Eu só quero te mostrar
Não há o que temer
Deixe de lado a barreira
e veja o lado bom do viver
"Barreira "segura"" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Sem Inspiração - Parte II (Ela voltou)
Por: Thiago Cardoso
Me pergunto se aos poetas
suas ações são similares
uns dias tão presente
outras vezes tão distante
Um vazio em minha mente
foi o que vi ao procurar
Quanto mais eu me esforçava
a palavra me faltava
A caneta rabiscava
linhas tortas letras únicas
Palavras se soltavam
e não mais se encontravam
O vazio as isolava
Numa noite, entretanto
percebi tua presença
O calor do teu encanto,
anulou minha sentença
As palavras se juntaram
vem a crase, surge a frase
outra vez a oração
preenchando meu vazio,
retornou-me a inspiração.
"Sem Inspiração - Parte II (Ela voltou)" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Me pergunto se aos poetas
suas ações são similares
uns dias tão presente
outras vezes tão distante
Um vazio em minha mente
foi o que vi ao procurar
Quanto mais eu me esforçava
a palavra me faltava
A caneta rabiscava
linhas tortas letras únicas
Palavras se soltavam
e não mais se encontravam
O vazio as isolava
Numa noite, entretanto
percebi tua presença
O calor do teu encanto,
anulou minha sentença
As palavras se juntaram
vem a crase, surge a frase
outra vez a oração
preenchando meu vazio,
retornou-me a inspiração.
"Sem Inspiração - Parte II (Ela voltou)" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Cheiro do Outono, aromas de Maio
Por: Thiago Cardoso
Num Outono qualquer
um Domingo cinzento
o banco da praça
é o refúgio perfeito
Na rua deserta
ouço o som de alguns carros
e de passos que vão e vem
entre longas pausas
tomadas pelo vento
Vozes passam sobre mim
Se achegam junto ao sopro
da brisa vespertina
em um Domingo de Outono
Outro ano, outro Maio
Novo outono, velhos cheiros
Conhecidos aromas
agradáveis perfumes
Tudo de volta à minha volta
Na inspiração profunda
os pulmões enchem-se dos ares
e a mente das lembranças,
sempre unidas aos aromas
Cada época do ano,
um cheiro peculiar
Cada cheiro, remetendo-me
a um tempo, uma época específica
Tempo que se foi, se completou
e neste Outono regressou
fazendo-me lembrar
Lembro-me dos dias
Lembro-me das horas
Pessoas, lugares
Senhores, senhoras
Tudo aquilo que passou
em algum cheiro regressou
Assim é todo ano
recobro minhas lembranças
com o cheiro do Outono
"Cheiro do Outono, aromas de Maio" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Num Outono qualquer
um Domingo cinzento
o banco da praça
é o refúgio perfeito
Na rua deserta
ouço o som de alguns carros
e de passos que vão e vem
entre longas pausas
tomadas pelo vento
Vozes passam sobre mim
Se achegam junto ao sopro
da brisa vespertina
em um Domingo de Outono
Outro ano, outro Maio
Novo outono, velhos cheiros
Conhecidos aromas
agradáveis perfumes
Tudo de volta à minha volta
Na inspiração profunda
os pulmões enchem-se dos ares
e a mente das lembranças,
sempre unidas aos aromas
Cada época do ano,
um cheiro peculiar
Cada cheiro, remetendo-me
a um tempo, uma época específica
Tempo que se foi, se completou
e neste Outono regressou
fazendo-me lembrar
Lembro-me dos dias
Lembro-me das horas
Pessoas, lugares
Senhores, senhoras
Tudo aquilo que passou
em algum cheiro regressou
Assim é todo ano
recobro minhas lembranças
com o cheiro do Outono
"Cheiro do Outono, aromas de Maio" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Sem inspiração (Por onde começar?)
Por: Thiago Cardoso
Escrever novas palavras
reescrever velhas frases
formatar tantas idéias
que nem faço idéia por onde começar.
Se começo não termino.
Quando acho q termino, está incompleto
Onde e como se começa?
Quando é que se termina?
Quem é que determina?
Donde parte o travessão?
Onde finda a oração?
Ai minha inquietação!
Ponho vírgula onde era ponto
e prossigo no argumento.
Cada volta um recomeço.
Um começo q não volta.
Olho à minha volta
Será que você volta?
Escrever, apagar
reescrever, desenhar
rabiscar e tornar a apagar
Se tu foges da minha mente
em mim não há mais semente
e a palavra simplesmente
não pode mais brotar
Tudo escrito é em vão
das palavras, foge a união
tu soltastes minha mão
e agora como escrever...
sem inspiração?
"Sem inspiração (Por onde começar?)" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Escrever novas palavras
reescrever velhas frases
formatar tantas idéias
que nem faço idéia por onde começar.
Se começo não termino.
Quando acho q termino, está incompleto
Onde e como se começa?
Quando é que se termina?
Quem é que determina?
Donde parte o travessão?
Onde finda a oração?
Ai minha inquietação!
Ponho vírgula onde era ponto
e prossigo no argumento.
Cada volta um recomeço.
Um começo q não volta.
Olho à minha volta
Será que você volta?
Escrever, apagar
reescrever, desenhar
rabiscar e tornar a apagar
Se tu foges da minha mente
em mim não há mais semente
e a palavra simplesmente
não pode mais brotar
Tudo escrito é em vão
das palavras, foge a união
tu soltastes minha mão
e agora como escrever...
sem inspiração?
"Sem inspiração (Por onde começar?)" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Quanto tempo
Por: Thiago Cardoso
Aaahh! O tempo!
O que seria de nós sem ele?
Bom,seria como somos
Pois já não o temos, não é?
É... vivemos correndo atrás do tempo
e o tempo correndo de nós
a todo tempo
Tento trazer o tempo em minhas mãos,
mas, sutil e sorrateiramente, faz me refém
ri de mim enquanto corro para alcança-lo
Vida engraçada!
Nossos desejos contrários
nos confundem cenários
Nos enfiam e nos libertam de armários
Ontem era lamento, era sobra do tempo
Também era falta. Nos carecia o fazer
hoje é excesso no fazer...
é falta do que havemos de ter
o tempo
"Quanto tempo" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Aaahh! O tempo!
O que seria de nós sem ele?
Bom,seria como somos
Pois já não o temos, não é?
É... vivemos correndo atrás do tempo
e o tempo correndo de nós
a todo tempo
Tento trazer o tempo em minhas mãos,
mas, sutil e sorrateiramente, faz me refém
ri de mim enquanto corro para alcança-lo
Vida engraçada!
Nossos desejos contrários
nos confundem cenários
Nos enfiam e nos libertam de armários
Ontem era lamento, era sobra do tempo
Também era falta. Nos carecia o fazer
hoje é excesso no fazer...
é falta do que havemos de ter
o tempo
"Quanto tempo" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Liberdade
Por: Thiago Cardoso
*Texto em homenagem à luta independente da trupe d'O Teatro Mágico
Faço meu caminho
e seleciono os meus passos
Só passo onde quero
e só o que quero tem espaço
Busco um modo de viver
sem ter que me vender
vejo o claro neste mar
em que escuro passou a dominar
Sou o efeito sobre a causa
a anomalia do sistema
o agente persistente
que penetra neste mal
e o faz cair por terra
Nos caminhos que trilhei
nunca, jamais me entreguei
Não paguei, não subornei
e nunca pagarei
Conquisto cada espaço
Sigo em luta e transparência, a cada passo
Ecoando minhas notas
vou seguindo onde quero
Hora aqui, hora ali
Sigo sempre à minha forma
Não me curvo a predadores
Não me entrego à hipocrisia
Sou e sempre serei
Livre como a poesia
"Liberdade" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
*Texto em homenagem à luta independente da trupe d'O Teatro Mágico
Faço meu caminho
e seleciono os meus passos
Só passo onde quero
e só o que quero tem espaço
Busco um modo de viver
sem ter que me vender
vejo o claro neste mar
em que escuro passou a dominar
Sou o efeito sobre a causa
a anomalia do sistema
o agente persistente
que penetra neste mal
e o faz cair por terra
Nos caminhos que trilhei
nunca, jamais me entreguei
Não paguei, não subornei
e nunca pagarei
Conquisto cada espaço
Sigo em luta e transparência, a cada passo
Ecoando minhas notas
vou seguindo onde quero
Hora aqui, hora ali
Sigo sempre à minha forma
Não me curvo a predadores
Não me entrego à hipocrisia
Sou e sempre serei
Livre como a poesia
"Liberdade" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
"Huma" hora
Por: Thiago Cardoso
O dia e a hora nos passam sem demora.
Sento aqui e o daqui a pouco já é agora,
ou pior... já foi outrora.
Eu apenas digo, Droga! Tenho que ir agora.
Vou-me embora, quando o que eu mais queria,
era estar contigo só mais uma hora
Ficar aqui sentado mesmo sem ter algo a dizer
apenas contemplando o seu ser
Ainda que sem poder te enxergar
tão somente sentindo o seu estar
concentrando-me em decifrar o poder do teu olhar
a chama que o faz brilhar
aquecendo minha alma
remetendo-me à calma
Uma hora a mais e nada mais
No silêncio observar
com ouvidos e olhos atentos
inqueitos, esperançosos
aguardando seus afetos
duas palavras, belos gestos
"huma" hora e nada mais
"Huma" hora de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
O dia e a hora nos passam sem demora.
Sento aqui e o daqui a pouco já é agora,
ou pior... já foi outrora.
Eu apenas digo, Droga! Tenho que ir agora.
Vou-me embora, quando o que eu mais queria,
era estar contigo só mais uma hora
Ficar aqui sentado mesmo sem ter algo a dizer
apenas contemplando o seu ser
Ainda que sem poder te enxergar
tão somente sentindo o seu estar
concentrando-me em decifrar o poder do teu olhar
a chama que o faz brilhar
aquecendo minha alma
remetendo-me à calma
Uma hora a mais e nada mais
No silêncio observar
com ouvidos e olhos atentos
inqueitos, esperançosos
aguardando seus afetos
duas palavras, belos gestos
"huma" hora e nada mais
"Huma" hora de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Há vida! Que vida!
Por: Thiago Cardoso
Há vida que me apressa, nem sempre é poesia
Há desde outrora, muita prosa
muita coisa ainda presa
Desprende logo e despeja! - digo
lance forte a coragem
elimina tuas represas
arremesse suas palavras
feito chaves das comportas
Como te comportas?
vive e fala o que a ti importa
a poesia nunca será morta
isso muito me conforta
apronta o ponto, deixa o sinal
afoga o pranto e escreve
transcreve!
a palavra, o verso, o verbo
horas são
também de prosa e de canção
prova o mel que ao fim do dia
subjuga o fel que te anemia
Troca a prosa em cada verso
faz seu dia poesia
vida prosa, vida presa
seja firme na tua luta
luta a vida com destreza
Há vida! Que vida! de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Carinho
por: Thiago Cardoso
Idas, vindas e vidas;
Dias, noites, melodias,
assim são nossos dias
Fecho os olhos num instante
E ao abri-los novamente
Tudo mudou de repente
O minuto que passou, já é ontem
A hora percorrida é semana passada
Meu ontem foi-se há um mês
E o último Domingo já nem lembro mais
Aperto o passo na vida
e o preço, é o tempo que passa
Peço um segundo e tento o que posso
Mas não posso mudar o compasso.
Tudo passa
Contudo, se nem tudo fica...
O que fica eu abraço
Abraço e me desfaço
Me refaço e me esforço
Reter a essência
Manter o que importa
Não deixar partir pela porta
O carinho essencial
Sentimento atemporal
Alojado em meu ninho
Se me foge o tempo
Fica ao menos o carinho
O nobre e intransponível carinho
Carinho de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Idas, vindas e vidas;
Dias, noites, melodias,
assim são nossos dias
Fecho os olhos num instante
E ao abri-los novamente
Tudo mudou de repente
O minuto que passou, já é ontem
A hora percorrida é semana passada
Meu ontem foi-se há um mês
E o último Domingo já nem lembro mais
Aperto o passo na vida
e o preço, é o tempo que passa
Peço um segundo e tento o que posso
Mas não posso mudar o compasso.
Tudo passa
Contudo, se nem tudo fica...
O que fica eu abraço
Abraço e me desfaço
Me refaço e me esforço
Reter a essência
Manter o que importa
Não deixar partir pela porta
O carinho essencial
Sentimento atemporal
Alojado em meu ninho
Se me foge o tempo
Fica ao menos o carinho
O nobre e intransponível carinho
Carinho de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Numa noite qualquer
Por: Thiago Cardoso
Pelas ruas caminhando
pensamento vai distante
sem ter o que pensar
nem rumo certo ao caminhar
deixo apenas me levar
Entre ruas, avenidas
vielas casas e esquinas
olho fixo aos detalhes
transbordo a mente de imagens
Lembranças, passeios,
passados, anseios, paisagens
Um passo de cada vez
vou sem pressa caminhando
Mãos nos bolsos, olhos vagos
sinto o vento em meu rosto
e o tempo em seu compasso
me tocar sem compromisso
Num suspiro paro ao alto
vejo um norte, olho a Lua
tenho em mim o seu olhar
Sento então sobre uma pedra,
desviando meu sonhar
penso em que eu pensaria
se tivesse em que pensar
Deixo-me levar
prefiro apenas não pensar
Quero tão somente respirar,
o horizonte contemplar.
sem compromisso algum,
deixar o tempo passar
Numa noite qualquer de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Pelas ruas caminhando
pensamento vai distante
sem ter o que pensar
nem rumo certo ao caminhar
deixo apenas me levar
Entre ruas, avenidas
vielas casas e esquinas
olho fixo aos detalhes
transbordo a mente de imagens
Lembranças, passeios,
passados, anseios, paisagens
Um passo de cada vez
vou sem pressa caminhando
Mãos nos bolsos, olhos vagos
sinto o vento em meu rosto
e o tempo em seu compasso
me tocar sem compromisso
Num suspiro paro ao alto
vejo um norte, olho a Lua
tenho em mim o seu olhar
Sento então sobre uma pedra,
desviando meu sonhar
penso em que eu pensaria
se tivesse em que pensar
Deixo-me levar
prefiro apenas não pensar
Quero tão somente respirar,
o horizonte contemplar.
sem compromisso algum,
deixar o tempo passar
Numa noite qualquer de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Bailarina
Por: Thiago Cardoso
*Dedicado à Dai, minha maninha que escolhi. Pessoa especial e essencial
Bailarina, boneca, dançarina
A quem o céu se abre e ilumina
me encanta tua fala
me anima tua força
delicada e formosa,
és de força infindável
e presença inigualável
O sorriso de menina
oculta os traços de mulher
Traz a paz e a alegria
radiantes nos teus olhos
olho e fico absorto,
observo tuas virtudes
Num olhar que a nós sorri,
vejo o rio de águas límpidas
que transborda em suavidade,
corre a vida com vontade
Menina dos meus olhos
dança a vida com vigor
abre os braços e nos leva,
destes dias sem sabor
És a bela bailarina,
a boneca, a mulher e a menina
que no encanto singular
melhor nos faz viver,
melhor nos traz o ar
Bailarina de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
*Dedicado à Dai, minha maninha que escolhi. Pessoa especial e essencial
Bailarina, boneca, dançarina
A quem o céu se abre e ilumina
me encanta tua fala
me anima tua força
delicada e formosa,
és de força infindável
e presença inigualável
O sorriso de menina
oculta os traços de mulher
Traz a paz e a alegria
radiantes nos teus olhos
olho e fico absorto,
observo tuas virtudes
Num olhar que a nós sorri,
vejo o rio de águas límpidas
que transborda em suavidade,
corre a vida com vontade
Menina dos meus olhos
dança a vida com vigor
abre os braços e nos leva,
destes dias sem sabor
És a bela bailarina,
a boneca, a mulher e a menina
que no encanto singular
melhor nos faz viver,
melhor nos traz o ar
Bailarina de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Roxo (Cor que a faca finca sem pudor)
Por: Thiago Cardoso
Pensamento listrado, sorriso distante.
Pensamento na cor que a faca finca sem pudor
Vejo listras, listo cores
que me consomem, que me queimam as entranhas
Estranhas são as sensações, que me tomam num piscar,
quando as listras se encontram no foco do meu olhar.
Olho atento e tento encontrar,
alguma razão pela qual sou incapaz lutar.
Duas cores entre listras, é o que vejo em minha frente
O roxo em dois tons me atordoam e me cegam
Entorpecem e arrancam, a razão e a perspicácia
Minhas perguntas sem respostas,
ressurgem e atormentam,
enquanto o roxo em movimento,
se mistura com as idéias que me surgem involuntárias;
loucuras inconseqüências, tolices solitárias.
Em minha mente as sinapses
tomam cores e se tornam
listras roxas que se alastram,
destruindo pensamentos.
Em minha frente se aproxima e se enrola numa faca,
o tecido que eu fitava, entre listras, entre luzes.
Entra a faca, num só golpe, a cor finca sem pudor.
Corro o máximo que posso, para aliviar a dor.
Dor que queima minha face, dilacera minha alma,
consumindo minhas virtudes, confundindo atitudes.
Paro então e observo.
A mão que ataca e finca a faca,
se aproxima e agora afaga.
Um olhar e um sorriso, tomam forma e formam corpo
entre as listras e o vermelho, que a faca fez brotar.
Brotam flores no jardim em que passo a caminhar.
O roxo vivo e seus tons, semi-tons,junto aos sons,
me sorriem e balançam, o balaio em que me encontro,
absorto em tal encanto.
Me acomodo no balaio e atentamente ouço o canto.
Me apego à mão que afaga, fecho os olhos e me embalo,
no balanço que carrega o alívio e a chama,
que afaga e afoga, que me leva ao jardim
onde à noite listras lindas, se envolvem num motím.
Eu de volta entorpecido, pelas cores de um tecido
que se finca no meu peito, com a faca e sem pudor.
Roxo (Cor que a faca finca sem pudor) de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Pensamento listrado, sorriso distante.
Pensamento na cor que a faca finca sem pudor
Vejo listras, listo cores
que me consomem, que me queimam as entranhas
Estranhas são as sensações, que me tomam num piscar,
quando as listras se encontram no foco do meu olhar.
Olho atento e tento encontrar,
alguma razão pela qual sou incapaz lutar.
Duas cores entre listras, é o que vejo em minha frente
O roxo em dois tons me atordoam e me cegam
Entorpecem e arrancam, a razão e a perspicácia
Minhas perguntas sem respostas,
ressurgem e atormentam,
enquanto o roxo em movimento,
se mistura com as idéias que me surgem involuntárias;
loucuras inconseqüências, tolices solitárias.
Em minha mente as sinapses
tomam cores e se tornam
listras roxas que se alastram,
destruindo pensamentos.
Em minha frente se aproxima e se enrola numa faca,
o tecido que eu fitava, entre listras, entre luzes.
Entra a faca, num só golpe, a cor finca sem pudor.
Corro o máximo que posso, para aliviar a dor.
Dor que queima minha face, dilacera minha alma,
consumindo minhas virtudes, confundindo atitudes.
Paro então e observo.
A mão que ataca e finca a faca,
se aproxima e agora afaga.
Um olhar e um sorriso, tomam forma e formam corpo
entre as listras e o vermelho, que a faca fez brotar.
Brotam flores no jardim em que passo a caminhar.
O roxo vivo e seus tons, semi-tons,junto aos sons,
me sorriem e balançam, o balaio em que me encontro,
absorto em tal encanto.
Me acomodo no balaio e atentamente ouço o canto.
Me apego à mão que afaga, fecho os olhos e me embalo,
no balanço que carrega o alívio e a chama,
que afaga e afoga, que me leva ao jardim
onde à noite listras lindas, se envolvem num motím.
Eu de volta entorpecido, pelas cores de um tecido
que se finca no meu peito, com a faca e sem pudor.
Roxo (Cor que a faca finca sem pudor) de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
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