Thimeras

Thi em suas quimeras, em seu mundo. O mundo de Thimeras

O pesar do apesar

Por: Thiago Cardoso


O pesar, a pesar, apesar

Não é o pesar de não te ver. É o pesar do apesar.
Apesar de te ver, não ve-la realmente.
Quando estou distraído, andando pelas ruas, vejo teu rosto por acaso.
O acaso me traz muitas diferentes faces, mas todas são tuas.
Numa fração de segundo teu rosto a mim sorri;
no segundo seguinte, teu rosto já não existe.
Tua imagem projetada em meu inconsciente,
se reflete em minha frente, sobre silhuetas desconhecidas.
Hologramas perfeitamente reproduzidos e refletidos de dentro da minha mente, surgem e desaparecem de repente, de modo voraz,
levando a minha paz e trazendo o pesar, o pesar do apesar.
Quem me dera ao menos uma vez - disse-me o poeta.
Acreditar que o que EU VEJO é o que está por vir - completei.
Reviver por um instante a história que não se deu;
rabiscar e reescrever o esboço que se perdeu.
Não ter a dúvida que me faz duvidar.






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Pseudo?!?! Chega disso

 Por: Thiago Cardoso


Pseudo?


Pseudo isso, pseudo aquilo, pseudo aquele... pseudo o quê?
Pseudo do quê? Pseudo pra quê?

Embalado na pseudoneidade e no uso excessivo da palavra, no vazio que ela encoberta aos seus parasitas vorazes de pronúncia excessiva, deixo aqui o meu protesto.

O pseudo intelectual expõe suas pseudo idéias e pseudo razões, classificando tudo como... pseudo. Pseudo isso, pseudo aquilo, pseudo de quilo. Impressiona seus pseudo-amigos, com suas “absolutas verdades” contra a pseudo inteligência alheia, é o que ele pensa.
Órfão de verdadeira personalidade, no meio do vazio, afim de impressionar, aparecer, chamar a atenção para si, emocionou-se e vibrou quando seu vazio foi preenchido pela palavra PSEUDO. Adotou-a como bordão, como portão que dá acesso ao seu intelecto – ao meu ver – pseudo intelecto.
A Infeliz e cega criatura não vê que o pseudo é o próprio. Desprovido da essência, peca pela ausência; ausência de humildade, ausência do ser; ser mais humano, ser mais real, ser menos artificial, ser menos... como é que ele diz?... pseudo.


Abaixo o uso exagerado do pseudo e de qualquer outra palavra tida como bonita, somente para impressionar. Abaixo a fala pomposa que esconde a verdadeira criatura grotesca que a pronuncia.

Meu apoio vai para as palavras de Fernando Anitelli “Não interessa se você é letrado ou não... o que interessa é se você vive aquilo que fala”


Pronto, falei


Noite rara

No dia 05 de Outubro de 2008 tive o prazer de assistir a um show d'O Teatro mágico no memorial da américa latina. Melhor ainda porque foi ao lado de pessoas especiais e essenciais na minha vida. A soma destes prazeres e especilidades me fez refletir sobre aquela noite e denominá-la noite "rara". Sim: Trupe rara + platéia rara + música rara + amigos raros ao meu lado = Noite rara. Noite rara me inspirou e dessa inspiração saiu:

Raia a rara noite, noite rara raia aos raros,
raros momentos, raros seres, raros sorrisos,
raras horas que pareceram poucos minutos,
horas que nunca foram em outrora,
horas que se foram, horas que não voltam,
horas que já não são, mas sempre serão e ainda são,
horas raras aos raros, Oras, que horas!!!
Horas metamorfosedas, cantadas, interpretadas, apreciadas.
Como quem não quer nada, pequena a ponto de ser um ponto,
assim vieram e da mesma forma se vão e se foram, mas ficaram
e ponto! Pronto, por tanto, por um pranto, no entanto, mas tanto e quanto!
Quanto mais de mim, quanto mais de ti, quanto mais de nós!!!
A voz, a paz, a poesia, a arte, o prazer, a emoção, a comoção...
...o fim.
O fim da noite, o fim da arte, ou melhor, da parcela da arte, da arte mostrada a nós
nunca nos deixando sós, mas nos aproximando de nós, reluzindo um pouco
do que há em cada um de nós, a magia de ser um pouco mais de nós e para nós.
A essencia da existência, a "amaduressencia"; o depertar de nós.
Noite rara que se foi, noite rara que ficou, noite rara que será.
Aos raros, a noite rara.


(thi) 


Por: Thiago Cardoso

Ressurge o personagem

Por: Thiago Cardoso


Havia um personagem imaturo que começou a dar os primeiros passos e antes de poder caminhar sozinho, foi abandonado por algum vento da vida, que nos empurra para outros horizontes, às vezes, sem que nos demos conta. Certo dia este personagem encontrou uma trupe que lhe estendeu as mãos e disse: venha! Ao lado da trupe, uma magnífica escritora, verdadeira artista, também estendeu-lhe a mão e repetiu a palavra: venha! Assim, sob a influência destes dois ícones tão poderosos, o personagem começou novamente a engatinhar e a dar os primeiros passos, tentando seguir seus mentores, na maneira como eles pisam. A partir de então, a vida ficou mais bela. O viver, o respirar, o sentir e sorrir passaram a fazer mais sentido.


Os sinos imaginários me despertaram

Por: Thiago Cardoso


Muitas coisas passam por nossas vidas, de maneira tão rápida e tão intensa que impossível é enumerá-las. Claro que não precisamos, pois, as mais significativas, ainda que sejam tão rápidas ficam em nossa mente como marcas indeléveis.
Hoje acordei ouvindo um som familiar e agradável. Parei por um instante e reparei que era o mesmo som ouvido ontem, anteontem, semana passada, semana retrasada. Era o som que ouvia todos os dias. Um som que somente meus ouvidos podiam captar, apreciar, contemplar.O som vinha da mente e foi de repente, assim se tornou presente, como um presente, um belo presente.
Ao fundo do belo som, vozes se ecoavam e diziam-me, prossiga, permita-se, liberte-se. Voltei a dormir e alguém me chamou. Era eu. Eu vinha a meu encontro para libertar-me, junto comigo estavam centenas de outros que em coro diziam-me: Vamos, permita-se, permita-me, permita-nos. Reconheci em cada face o meu rosto; meu rosto em corpos de diferentes faixas etárias. Alguns bem amadurecidos, outros crianças ainda engatinhando, mas todos eram eu. Estendi as mãos concordando em permitir-lhes, permitir-nos, permitir-me.
Acordei mais uma vez e agora tudo fazia sentido. O som que ouvia eram de sinos, sinos em minha mente fazendo alusão ao que me libertara, ao que me motivara, ao que me fez permitir amadurecer outros personagens em mim ao que há semanas me fizera rever conceitos e que me inspirara de maneira tão profunda e bela. E não podia ser diferente, somente sinos imaginários seriam capazes de me despertar de volta.

Minhas quimeras

Por: Thiago Cardoso



Quisera, quimera, pudera.
Quisera eu realizar uma quimera
Pudera eu querer e poder,
fazer a quimera acontecer.
Acontecesse o que acontecia,
o que era quimera agora eu vivia.
Na vida do quero, que quis, eu a fiz.
A fiz assim como quisera,
como quando era quimera,
quando em outrora não pudera.

(Thi)

Quimeras são coisas resultantes de nossa imaginação, nem sempre alcançável, utopia.
Quem nunca teve uma quimera? Quem não é humano talvez :)
Minhas quimeras, meus sonhos, minhas utopias, minhas viagens, como quiserem chamar, me perseguem todos os dias, o dia inteiro. Coisas imaginadas, pessoas, situações, citações, pirações (estas últimas com mais freqüência), constantemente em minha frente, diante dos meus olhos, dos olhos da minha mente, de onde não saem, nem podem sair, pois não fazem parte deste mundo. Mais do que sonhos, ilusões, as quimeras são para mim um mundo. Um mundo pra onde me retiro diversas vezes para encontrar-me com personagens e vivenciar possibilidades que só são possíves por lá.

Quando estou neste mundo ponho-me a escrever. Escrevo coisas que para você provavelmente não tem sentido, nem lógica aparente, são pirações. Pirações do Thi em suas quimeras, em seu mundo de quimeras, onde meus personagens se entendem e se completam, cada um com um trecho das quimeras escritas e embaralhadas, cada qual com uma peça do que para você parece um quebra-cabeça sem solução, mas que para eles são peças essências à sua existência. Enfim, thimeras é um mundo, meu mundo, que exponho e convido -te a participar,mesmo que somente em leituras, das minhas pirações, que às vezes podem até ser racionais aos teus olhos. Não estranhe se o que você ler não fizer sentido, só faz sentido no meu mundo.

Este é o primeiro post, a porta de entrada ao meu mundo. Diante disso, nada melhor do que escrever algo sobre a palavra que rege este mundo e falar um pouco dele.

Devo lembra-te de que a maior parte do tempo, vivo no mesmo mundo em que você, afinal, preciso trabalhar e garantir meu sustento, por isso, é com pouca freqüência que me transportarei para cá e publicarei as novidades de meu mundo, mas te avisarei, sempre que o fizer.
Tal qual na Matrix, este mundo pode ter a cara que eu quiser, pois não há mundo assim como não há colher. Hoje eu acho que ele deve ser assim, mas logo logo mudarei o visual.

Bem vindo ao thimeras, ao Mundo das quimeras do Thi.