Thimeras

Thi em suas quimeras, em seu mundo. O mundo de Thimeras

Os sinos imaginários me despertaram

Por: Thiago Cardoso


Muitas coisas passam por nossas vidas, de maneira tão rápida e tão intensa que impossível é enumerá-las. Claro que não precisamos, pois, as mais significativas, ainda que sejam tão rápidas ficam em nossa mente como marcas indeléveis.
Hoje acordei ouvindo um som familiar e agradável. Parei por um instante e reparei que era o mesmo som ouvido ontem, anteontem, semana passada, semana retrasada. Era o som que ouvia todos os dias. Um som que somente meus ouvidos podiam captar, apreciar, contemplar.O som vinha da mente e foi de repente, assim se tornou presente, como um presente, um belo presente.
Ao fundo do belo som, vozes se ecoavam e diziam-me, prossiga, permita-se, liberte-se. Voltei a dormir e alguém me chamou. Era eu. Eu vinha a meu encontro para libertar-me, junto comigo estavam centenas de outros que em coro diziam-me: Vamos, permita-se, permita-me, permita-nos. Reconheci em cada face o meu rosto; meu rosto em corpos de diferentes faixas etárias. Alguns bem amadurecidos, outros crianças ainda engatinhando, mas todos eram eu. Estendi as mãos concordando em permitir-lhes, permitir-nos, permitir-me.
Acordei mais uma vez e agora tudo fazia sentido. O som que ouvia eram de sinos, sinos em minha mente fazendo alusão ao que me libertara, ao que me motivara, ao que me fez permitir amadurecer outros personagens em mim ao que há semanas me fizera rever conceitos e que me inspirara de maneira tão profunda e bela. E não podia ser diferente, somente sinos imaginários seriam capazes de me despertar de volta.

0 comentários:

Postar um comentário