Thimeras

Thi em suas quimeras, em seu mundo. O mundo de Thimeras

Cercada do só

Escrito em: 06 de Dezembro de 2010
Publicado em: 29 de Outubro de 2011
Inspiração: Uma situação em que observei certa pessoa depressiva diante de seus milhares de contatos em redes sociais e messengers, porém sem uma única pessoa real para apenas conversar


Solidão em meio a tantos amigos
Perfis lotados
Contatos que não podem ser contados
Ninguém pra conversar

Tanta gente à sua frente
Todos tão distantes
Um dia chuvoso

Tanto disponível
e nada nem ninguém à disposição
Domingo de depressão

São só números
que se somam e te subtraem
Unidades mal somadas
reduzindo-te ao só

Só o que queres é conversar
caminhar, encontrar, sorrir
não mais chorar
Mas em meio às faces não há rostos
virtuoso virtual
tortuoso sem sinal
offline




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"Cercada do só" de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.

Convite

Por: Thiago Cardoso
Escrito em: 15 de Abril de 2011
Publicado em: 13 de Outubro de 2011
Inspirações: Reflexões sobre um texto do rota psicodélica / Um convite que eu nunca fiz




As vezes é preciso cruzar a linha
quebrar algumas regras
Só preciso saber se você está pronta
Eu estou e já comecei
minhas linhas são variáveis
hora aqui, hora ali
as regras? que regras?
já quebrei muitas
e tantas outras ainda quebrarei
e então, você vem?

Paradigmas, regras, tabus, conceitos
o que tem atrás do muro?
não custa olhar
coisas que fiz e falei
ainda farei, já nem sei
Não há razão de ser linear

Já não sou quem eu era
pois eu não era
Hoje sou o que sou
seguindo minha trilha, mudando meus rumos
quebrando algumas regras
Irei sempre além
só preciso saber se você vem





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Casa vazia

Por: Thiago Cardoso
Escrito em: 31 de Julho de 2011
Publicado em: 31 de Julho de 2011
Inspirações: O silêncio e a casa vazia


Palavras vinham e iam sem compromisso algum
Rabiscos aqui, frases acolá
Uma folha de caderno, um papelão
fragmentos na mente, minha mão

Engavetados, arquivados, salvos
Distantes pensamentos, inaudiveis sons
Inaudíveis eu disse?
Sons?
Melodia, harmonia, silêncio
casa vazia

É isso e somente isso o que ouço
Domingo de tarde, casa vazia
É a melodia inaudível do silêncio
Ecoa harmoniosamente em meus ouvidos
Momento propício
Eis que me surgem todas elas:
Inspirações, aspirações, conspirações
pirações
Ouça
Silêncio




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A culpa é dos outros (Não sabem viver)

Por: Thiago Cardoso
Escrito em: 24 de Março de 2011
Publicado em: 03 de Maio de 2011
Inspiração: Reflexões sobre recentes análises acerca do comportamento de pessoas que culpam outros por serem infelizes.


As loucuras do mundo nos oprimem
Nos tiram dos trilhos
Assombram nossas vidas
Afundam raízes

Felicidade agora é meta
deixou de ser estado
Felicidade é terceirizada
A responsabilidade é repassada


Pessoas são felizes ou infelizes
por culpa de alguém
um outro alguém, um certo outrem

Casam-se para serem feitas felizes
Seus cônjuges hão de fazê-las felizes
Divorciam-se para serem felizes
Seus cônjuges é que falharam
Mas amigos não falharão

Repassam ao mundo a responsabilidade
Isentando-se por completo
Exigem que façam-nas felizes
porque merecem, ou pensam que merecem

Acham-se merecedores de aplausos
Necessitam de aplausos
Acham-se merecedores de flores
Flores por um sorriso
Pessoas pretensiosas, egoístas que são


Elogios e confissões de que são as melhores
É isso que as move
Elas em si não se movem
O mundo se move
E se não mover, comover
Não há de ser

Hipócritas e imundos se tornaram
Usam pessoas e amam coisas
Deixam de ser, almejam o ter
Só importa parecer e aparecer
Portam-se como sendo o que não são
"Sabem" de tudo, mas não sabem de nada
Não sabem da vida
Não sabem viver





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Eis meu ser

Por: Thiago Cardoso (07-02-2011)


Aprendi ao ver Herry Heller permitir-se enxergar
Tudo é muito mais que isso e aquilo
bem como muito menos que isso e aquilo também
A realidade vai além, muito além
Fica, porém, ao mesmo tempo, aquém

Há um mar de aventuras me chamando
insistindo o meu ingresso, minha prova
Tantos sabores à minha mão
Abrir mão da mesmice e dissabores então

Não me isento de minhas responsabilidades
Cada ato, cada passo, um novo andar em consciência
Consequências são implícitas, não há como se livrar
Caminhando, correndo, parado, tanto faz
Ação ou na inércia, é indiferente
há sempre consequência
O ar que respiro me traz um evento consequente

Hermínia estava certa em seus argumentos
É tudo muito simples, complexamente simples
Demasiadamente simples para a compreensão,
se o intento há de vir sob olhares complexos

A música toca. Você se move ou fica imóvel
O tempo por sua vez, continua a caminhar
Cauteloso ou afoito, ações presentes ou ausentes
nada disso muda o fato
De fato, a corrente nunca cessa
Olhar ou agir, atuar ou assistir
O tempo passa mesmo e não tem volta

No mais, digo que só quero mais
Sem barreiras, nem fronteiras
Me atiro pelo simples fato de ser, buscar e estar
Eis meu ser!




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