O pesar, a pesar, apesar
Não é o pesar de não te ver. É o pesar do apesar.
Apesar de te ver, não ve-la realmente.
Quando estou distraído, andando pelas ruas, vejo teu rosto por acaso.
O acaso me traz muitas diferentes faces, mas todas são tuas.
Numa fração de segundo teu rosto a mim sorri;
no segundo seguinte, teu rosto já não existe.
Numa fração de segundo teu rosto a mim sorri;
no segundo seguinte, teu rosto já não existe.
Tua imagem projetada em meu inconsciente,
se reflete em minha frente, sobre silhuetas desconhecidas.
Hologramas perfeitamente reproduzidos e refletidos de dentro da minha mente, surgem e desaparecem de repente, de modo voraz,
levando a minha paz e trazendo o pesar, o pesar do apesar.
se reflete em minha frente, sobre silhuetas desconhecidas.
Hologramas perfeitamente reproduzidos e refletidos de dentro da minha mente, surgem e desaparecem de repente, de modo voraz,
levando a minha paz e trazendo o pesar, o pesar do apesar.
Quem me dera ao menos uma vez - disse-me o poeta.
Acreditar que o que EU VEJO é o que está por vir - completei.
Reviver por um instante a história que não se deu;
rabiscar e reescrever o esboço que se perdeu.
Não ter a dúvida que me faz duvidar.






O pesar do apesar de Thiago Cardoso é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.